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Simples Nacional e crescente formalização puxaram contratações


Data: 13 de junho de 2013
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O processo contínuo de formalização e a adesão de mais de 50% das indústrias têxteis, em especial as confecções, ao Simples Nacional contribuíram para o crescimento de 115% dos empregos (saldo entre contratações e demissões) no primeiro trimestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2012, segundo dados divulgados pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit).
"A adesão ao regime foi um dos fatores que mais favoreceu esse crescimento", diz o diretor do Instituto de Estudos e Marketing Industrial (Iemi), Marcelo Prado.


O regime tributário, que unifica o pagamento dos impostos, é destinado à micro e pequenas empresas, exatamente o segmento onde se encontram as confecções, que mais empregam no setor.


"O Simples possibilita uma redução significativa dos encargos. Somado a isso, encontra-se o desconforto dos empresários de trabalhar com a informalidade", ressalta Prado.


O processo de formalização observado na área têxtil, no entanto, também está atrelado a forte atuação do Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE) e do Ministério Público do Trabalho (MPT), que reforçaram o processo de fiscalização nos últimos meses, autuando oficinas e empresas que mantém funcionários em situações análogas à escravidão.


"As autuações estão motivando a formalização, pois as grandes marcas têm medo das consequências que esses casos podem causar à imagem da empresa", explica o advogado trabalhista, Maurício Martins Fonseca Reis, sócio do Rocha Barcellos Advogados.
Segundo o advogado trabalhista e professor de Direito na Universidade de São Paulo (USP), Nelson Mannrich, 44 mil pessoas foram resgatadas, no ano passado, no mundo inteiro. Na indústria têxtil nacional esse número representa 4 mil.


É importante ressaltar também que o crescimento apontado pela Abit, ainda não representa uma retomada do setor. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o índice de empregos na indústria têxtil caiu 4,6 no acumulado do primeiro quadrimestre desse ano. Para o IBGE, o índice pode melhorar na medida em que o crescimento da produção se torne cada vez mais consistente.

 

Serviços sustentam o avanço do emprego

Fernanda Bompan/Bruna Kfouri

 

O número de contratações e de empregos formais dos principais setores da economia  brasileira está em expansão, apesar do fraco desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano. O setor que mais contrata hoje é o de Serviços, conforme apontam entidades de pesquisas ouvidas pelo DCI. Em seguida vem a Indústria, setor que mais padecia no primeiro quadrimestre com o ritmo lento da economia.

 

De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), as empresas de Serviços geraram 75.220 novas vagas em abril (alta de 0,46%), seguido da indústria de transformação com 40.603 postos (aumento de 0,49%). Com relação aos pequenos negócios, segundo o levantamento do Sebrae baseado no Caged, Serviços totalizaram 59,5 mil novos postos. Dentro disso, destacaram-se os segmentos de comercialização e administração de imóveis (18,4 mil vagas), e os empreendimentos de transportes e comunicações (17,3 mil empregos). Com relação à indústria, especificamente a de transformação, o setor têxtil é o que mais gerou novas vagas (3.642 vagas) este ano.


O processo contínuo de formalização e a adesão de mais de 50% das indústrias têxteis, em especial as confecções, ao Simples Nacional contribuíram para o crescimento de 115% da criação de vagas no primeiro trimestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2012, segundo dados divulgados pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit).


"A adesão ao regime foi um dos fatores que mais favoreceram esse crescimento", diz o diretor do Instituto de Estudos e Marketing Industrial (Iemi), Marcelo Prado. Outra causa é a retenção de mão de obra pela indústria em geral, de olho no segundo semestre.


Fonte: DCI – SP
 

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