A desoneração na folha de pagamentos foi o tema da tarde desta quarta-feira, 24 de julho, na palestra da Ernst & Young Terco, com apoio do CRCSC. O presidente Adilson Cordeiro prestigiou e elogiou o evento que tratou das mudanças recorrentes das leis que dizem respeito às desonerações. “Falta preparo do governo para entender como a Contabilidade é na prática”, apontou o Presidente do CRCSC.

A legislação referente ao assunto muda com tanta frequência que dificulta a atualização dos profissionais non assunto. “A intenção é manter os clientes informados por conta das recentes mudanças nas Medidas Provisórias [MPs], explicou a diretora-executiva da Ernst & Young Terco, Tatiana Carmona. “Como empresa de consultoria, queremos compartilhar experiências com o público, contando um pouco do que temos visto e ouvindo deles as situações que tem passado para encontrarmos soluções”, completou.

A desoneração de impostos em folha de pagamento não é garantida por lei específica. A base é dada pela Lei 12.546/2011, que vem sido alterada inúmeras vezes desde então. Mas outras várias leis também tratam de desoneraçãoo de forma pulverizada, tornando ainda mais difícil acompanhar as mudanças. “A primeira dica que eu posso dar é acompanhar também as exclusões de setores, não apenas as inclusões”, disse a gerente sênior da região sul da Ernst & Young Terco, Milena Vizia e Oliveira.

A executiva ainda deixou claro que na maioria dos casos, a solução depende da interpretação que o profissional da Contabilidade dá à lei. “Às vezes não tem resposta certa ou errada. Existe resposta com mais risco ou menos risco, mais arrojada ou menos arrojada”, identificou Oliveira.

"Quando se fala em desoneração, espera-se que o cliente vá pagar menos impostos. Não é o que vem ocorrendo em muitos setores", alertou Paulo Cesar Viana, diretor-executivo da Ernst & Young Terco para Blumenau e região. Viana ainda alerta para o aumento das equipes de profissionais de contabilidade para tornar possível a entrega do trabalho nos prazos e de forma correta, causada por tantas mudanças. “Para atrair investidores para o país é mais difícil. Executivos da Europa e América do Norte não conseguem entender o porquê de equipes tão grandes para a parte tributária e acabam se assustando”, revelou.

A desoneração na folha de pagamentos se iniciou com o intuito de baixar o custo-Brasil, para aumentar a competitividade do país, segundo o Presidente da Câmara de Assuntos Tributários e Legislativos da FIESC, Sérgio Rodrigues Alves. “Porém tudo está sendo feito em doses homeopáticas, e acabou virando uma colcha de retalhos. Não é fácil para os profissionais da Contabilidade!”, opinou.

O presidente Adilson Cordeiro aproveitou ainda para convidar os presentes a participarem da XXVIII Contesc, que será realizada de 14 a 16 de agosto em Itajaí.

O evento também foi transmitido por videoconferência para o SENAI de Chapecó e segue com palestras em Blumenau na quinta-feira (25) de manhã, também com a participação do CRCSC.