A Fecomércio abriu suas portas na manhã desta segunda-feira, dia 23 de setembro, para receber os contadores e homenageá-los pela passagem do Dia do Contador, comemorado no domingo, 22 de setembro. O presidente do CRCSC, Adilson Cordeiro, esteve presente e foi recebido pelo presidente da entidade, Bruno Breithaupt, e pelo diretor executivo Marcos Arzua. Pelo CRCSC estavam presentes ainda as vice-presidentes Rúbia Albers Magalhães, Raquel Cássia Souto, Michele Patricia Roncalio e o vice-presidente Marcello Seemann. O diretor executivo do CRCSC, Cláudio Petronilho, e vários colaboradores também prestigiaram o evento.

Para aproveitar o momento de confraternização, a Fecomércio promoveu a palestra com o tema “Lavagem de dinheiro: aspectos históricos e atuais”, tendo como ministrante o professor, contador, advogado e administrador Silvio Parodi.

"Conhecemos a importância do trabalho realizado pelos contadores, que fornecem dados e relatórios essenciais aos gestores e empreendedores. Temos muita satisfação em estarmos recebendo todos vocês e destaco a parceria que temos com o CRCSC em várias frentes", disse Breithaupt, que ainda ressaltou: "Temos muito respeito pela classe contábil".

O presidente do CRCSC também salientou as parcerias profícuas entre as duas instituições e agradeceu a acolhida nesse dia especial. "Em vários momentos recebemos o respaldo ágil da Fecomércio, nos apoiando e nos ajudando nas campanhas e atividades que desenvolvemos em prol da valorização dos profissionais da Contabilidade", disse Adilson. Ele lembrou ainda das ações conjuntas, como a discussão do novo Código Comercial e a ampliação do Simples Nacional.

Sobre o tema da palestra, Adilson Cordeiro fez uma abertura para ressaltar que os contadores estão na vitrine e passam por um momento revolucionário. "Nunca se falou tanto em controle e transparência como agora. Por isso é que nessa questão de fornecer informações na prevenção de lavagem de dinheiro temos que estar preparados para saber quais nossas responsabilidades", afirmou. Ele abordou alguns artigos que ainda geram dúvidas entre os profissionais e esclareceu que a Resolução do CFC veio para complementar o que já estava sendo feito e o que vai ser regulamentado pelas outras profissões também.

O palestrante Silvio Parodi fez uma abordagem histórica do tema de lavagem de dinheiro, citando inclusive exemplos de outros países, como Itália. No Brasil, o cuidado com o tema foi consolidado com a Lei 9613/98, que dispõe sobre os crimes de "lavagem" ou ocultação de bens, direitos e valores, a prevenção da utilização do sistema financeiro para os ilícitos previstos nesta Lei e criou o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF). Depois foi modificada pela Lei 12.683, 9 de julho de 2012, para tornar mais eficiente a persecução penal dos crimes de lavagem de dinheiro. Já no artigo 1o determina: Ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização, disposição, movimentação ou propriedade de bens, direitos ou valores provenientes, direta ou indiretamente, de infração penal. 

"Tivemos muitas evoluções na profissão e o aspecto formal das contratações é uma delas, sendo que hoje esse aspecto é importante para respaldar as responsabilidades do contador e do cliente", lembrou Parodi. 

Com a adesão do Brasil às Normas Internacionais, ampliou o sentido de justiça universal. As informações padronizadas permitiram aumentar a visibilidade dos recursos e como são investidos. Depois de mostrar a história, Parodi falou dos aspectos conceituais e exemplificou como os contadores devem atuar nessas questões relacionadas às suspeições de atividades ilícitas. "O legislador ampliou o rol de pessoas obrigadas a informar ao COAF, o que foca em especial nossa profissão de contador", disse ele. As entidades e organizações mais visadas são as instituições financeiras, paraísos fiscais, Bolsa de Valores, companhias seguradoras, mercado imobiliário, jogos de azar e sorteios, além de atividades relacionadas à internet e comércio eletrônico.