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Práticas no ensino e as demandas do mercado da Contabilidade


Data: 29 de outubro de 2013
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Na tarde do 6º Encontro de Professores e Coordenadores dos Cursos de Ciências Contábeis, ocorreram duas atividades. A primeira foi uma palestra com atividades práticas ministrada pela pedagoga Lucrécia Miranda e a segunda foi um painel com a participação de sete profissionais de diferentes áreas.

 

 

Professora, coaching e formadora em aprendizagem acelerada, Lucrécia Miranda fez a plateia refletir sobre os processos de trabalho utilizando técnicas do modelo andragógico, que trata da educação de adultos.

 

 

Para mostrar como é preciso ampliar a visão dentro das instituições de ensino superior, mesmo com as restrições e definições impostas pelo Ministério da Educação, ela fez atividades práticas de trabalhos em grupo e dinâmicas que debateram os princípios do ensino e da aprendizagem.

 

 

A plateia participou ativamente dando opiniões, trazendo exemplos de como atuam nas universidades em que trabalham e trocaram ideias o tempo todo. Em vários momentos, ela enfatizou a importância de implantar a visão sistêmica nas metodologias adotadas. “As equipes multidisciplinares e o trabalho em equipe é fundamental”, disse ela, que ainda destacou: “Para desenvolver-se na profissão e na atuação em equipe, o auto-conhecimento é muito importante”.

 

 

A última etapa do evento foi um Painel com o tema O Profissional da Contabilidade demandado pelo Mercado e os Desafios das IES nessa Formação”. Com a coordenação do presidente do CRCSC, Adilson Cordeiro, sentaram-se na mesma mesa seis contadores de diferentes áreas para mostrar suas experiências e debater sobre como evolui a formação com as últimas mudanças da Contabilidade no mundo inteiro.

 

O auditor Manfredo Krieck, professor da FURB e diretor-presidente da LEARNED Consultores Associados, afirmou que é preciso dar mais valor a quem cuida de valores como ética e transparência, que são os contadores. Dessa constatação, ele abordou as dificuldade dentro da sala de aula.

 

 

O professor doutor Carlos Eduardo Facin Lavarda, coordenador do Programa de Pós-graduação em Ciências Contábeis da FURB, ressaltou a importância das produções científicas. A professora doutora Maria Denize Henrique Casagrande, da UFSC, ressaltou que o ensino faz pensar e promove a reflexão. “No nosso curso temos a visão da totalidade, com olhar para o mercado e para a vida acadêmica”, disse ela, que atualmente tem foco dos estudos na área de Balanços Sociais e Terceiro Setor.

 

 

O empresário contábil José Carlos da Silva, diretor das empresas Orsitec Assessoria Contábil e Empresarial e Orsilog Soluções em Logística e Gestão Empresarial, falou das demandas do mercado. “Muitos graduados chegam com muitas deficiências. Sentimos que os jovens vivem numa zona de conforto e se acomodam, preferindo não buscar mais qualificação”, comentou.

 

O pesquisador José Alonso Borba,  com experiência profissional como contador, auditor e controller, editor da Advances in Scientific and Applied Accounting e Avaliador de Revistas, Congressos e Associações Cientificas de Administração e Contabilidade no Brasil e no exterior, foi enfático em dizer que os problemas do ensino nas instituições de ensino não é apenas da Contabilidade. “A educação vive um momento de transformações. É preciso fomentar o pensar, pois os alunos querem apenas decorar regras e normas”, disse ele

 

O controller e diretor financeiro da Portonave S/A – Terminais Portuários de Navegantes, Anderson da Silva Gomes, fez uma fala com destaque para a necessidade de entender os processos para poder crescer dentro das organizações. “Quando me perguntam por que escolhi essa profissão, eu sei a resposta: a Contabilidade é um curso completo, que permite uma atuação sistêmica, transversal nas empresas”, concluiu ele.

 

O presidente do CRCSC, Adilson Cordeiro, encerrou o painel sugerindo que os participantes da mesa referendem um documento com as sugestões de todos para encaminhar ao CFC, ressaltando as necessidades de mudanças nos processos de ensino e aprendizagem. 

 

 

O encerramento do Encontro foi feito pelo conselheiro Édio Silveira, que participou da Comissão Organizadora. Na sua fala, ele agradeceu os palestrantes que compartilharam seus conhecimentos e a todos os participantes pela troca e integração. Ressaltou as habilidades dos mestres professores e coordenadores, os facilitadores que mediam, educam, aprendem e trocam ideias. “São eles que nos atualizam continuamente, participam do desenvolvimento de tecnologias e fazem a história”, disse ele., concluindo que o momento é de reflexão e de tomada de postura diante do novo. “Esse evento pretende aproximar o CRCSC das instituições de ensino, mas é preciso também que todos percebam as necessidades de mudança. Os alunos precisam estar aptos para o Exame de Suficiência e preparados para atender as demandas do mercado. O Exame é regulador e passou a ser norteador da formação, mas não pode ser a base do ensino”, finalizou.

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