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Resgate na previdência aberta alcança até 17% dos cotistas


Data: 12 de novembro de 2013
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O resgate antes do prazo em fundos de previdência complementar aberta alcança até 17% dos planos em determinadas entidades do setor. O resgate antecipado provoca perdas potenciais aos investidores pelo fato de os produtos - Planos Geradores de Benefícios Livres (PGBLs) e Vida Gerador de Benefícios Livres (VGBLs) - serem considerados como aplicações de longo prazo.

 

Na média do mercado, o índice de resgate antecipado é de 13,2% dos, e a líder Brasilprev informa média de 11,1%. "Na Brasilprev, buscamos reduzir os resgates sobre as reservas para a faixa entre 10% e 10,5%", afirmou o superintendente de produtos da Brasilprev, Sandro Bonfim da Costa, ao participar de workshop promovido ontem pelo Centro de Estudos em Finanças da Fundação Getulio Vargas (FGV), em São Paulo.

 

"Plano de previdência não é investimento de curto prazo. O investidor precisa ter a clareza sobre o seu horizonte de aplicação. Não recomendo sacar antes do prazo contratado", alertou Costa.

 

O superintendente contou que a Brasilprev teve o menor índice de resgates do mercado no corrente exercício. "Quando o argumento do investidor ao solicitar a retirada é a rentabilidade, damos suporte consultivo aos clientes e conseguimos reverter a maior parte dos resgates", informou o superintendente sobre o programa adotado pela Brasilprev nas agências do Banco do Brasil.

 

O setor sofreu ao longo do ano com a volatilidade dos preços dos títulos de renda fixa, principalmente nos papéis de médio e longo prazo, que tiveram perdas por causa da oscilação dos juros.

 

Segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), até o último dia 5 de novembro, os planos abertos de previdência da categoria renda fixa indicavam rentabilidade média de 4,58% no ano, 219 pontos percentuais abaixo dos fundos de investimentos referenciados em taxa de depósito interfinanceiro (DI) que são consideradas aplicações conservadoras de curto prazo e com liquidez diária nas cotas e exibiam ganhos médios de 6,77% no mesmo período.

 

"Quando a questão da marcação a mercado é explicada, e o cliente entende que se não tirar agora, não vai perder, em geral, ele não resgata. Esse risco da renda fixa não estava muito claro aos clientes", argumentou Daniel Scolese, gerente de investimentos da Brasilprev.

 

Em receitas com planos de previdência, a Brasilprev ultrapassou a Bradesco Previdência em participação (market share) ao longo de 2013, de acordo com dados da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi).

 

No último ranking (lista) de receita acumulada da entidade, a Brasilprev está com 30,89% de participação, seguido por Bradesco Vida e Previdência com 28,6%, Itaú Vida e Previdência com 23,47%, Caixa Vida e Previdência em 6,15%, Zurich Santander em 3,07% e HSBC em 2,8%.

 

Em dezembro do ano passado, o Bradesco liderava com 29,62%, seguido por Brasilprev em 25,8%, Itaú em 25,33%, Caixa em 5,53%, Zurich Santander em 4,34% e HSBC com 4,07%. Nessa comparação nota-se que os bancos públicos ganharam participação em relação os principais bancos privados de varejo.

 

Costa atribuiu parte de avanço da Brasilprev pela redução das taxas de carregamento, implantadas em fevereiro de 2013. "A taxa de carregamento estava entre 3,5% e 4% e diminuímos para uma faixa entre zero e 2,5% de acordo com a permanência no plano", disse o superintendente.

 

Ele explicou os fundos de previdência possuem mais custos que os fundos de investimentos tradicionais, que cobram taxas de administração e de performance. "O fundo de previdência possui uma estrutura maior que contempla o pagamento dos benefícios após o período de acumulação", disse Costa, ao justificar a cobrança de carregamento.

 

Scolese informou que a Brasilprev possui 1,6 milhões de clientes e R$ 77 bilhões em ativos. "O principal público é de alta renda que prefere o VGBL. A classe média está mais preocupada em investir na educação dos filhos, e, por isso, o segmento Júnior está em crescimento", diz o gerente.

 

 

Fonte: DCI

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