Gabriel Chalita dá aula de ética no Luso-Brasileiro
Data: 21 de outubro de 2010
Fotos:
Créditos:
A ética vai se construindo na percepção de que todas as pessoas estão em construção. Isso é o que nos permite enxergar verdadeiramente o outro, respeitar os seus limites e tratar com respeito e cuidado tanto quem nos é mais próximo como aqueles que encontramos ocasionalmente. Com essa mensagem o educador Gabriel Chalita, escritor de mais de 50 livros, conseguiu conquistar e emocionar a platéia que lotou o auditório do Centrosul, em Florianópolis, na abertura do I Encontro Luso-Brasileiro de Contabilidade, nesta quarta-feira à noite.
Para Chalita, é a ética que nos ensina a trabalhar o conceito de dúvida, ou seja, a ser capaz de questionar e procurar novas respostas. “Um contador que duvida não vai se revestir da arrogância”, disse, destacando o papel e a função do profissional da contabilidade. “É uma profissão extremamente humanista, pois desde o início da civilização cabe ao contador cuidar das pessoas, proteger aquilo que elas possuem, o seu patrimônio”. Durante toda a sua palestra Gabriel Chalita ressaltou a necessidade de se ter olhos para “ver” o outro, de cooperar e de preservar sentimentos: “O profissional pode e deve lutar por aquilo que acredita, mas com elegância, sem destruir quem, como ele, está no mercado”, disse.
Citando a escritora Clarisse Lispector e o poeta português Fernando Pessoa, o educador reforçou a importância do “amar” e de que “tudo vale a pena, se a alma não é pequena”. “Assim como Clarice dizia que “se deixar de amar eu morro, antes de morrer”, também Pessoa acreditava e defendia o “ser” inteiro, que não tem uma alma pequena”, observou. Para os participantes do Luso-Brasileiro, Chalita deixou mais um recado: ética e educação estão intimamente ligadas. “A construção de uma sociedade ética depende da educação.”
Fonte: Maristela Amorim (CFC) e Márcia Quartiero