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Vida profissional é afetada por estresse de fim de ano


Data: 9 de dezembro de 2013
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Há um ano, a fotógrafa Anna Castelo Branco, 40, sofreu convulsão em via pública. Foi ao chão, feriu gravemente o rosto e quebrou o nariz. Depois de uma bateria de exames veio o diagnóstico: alto nível de tensão, um mal que afeta oito em cada dez brasileiros entre a segunda quinzena de novembro e o início de janeiro, segundo pesquisa da International Stress Management Association (ISMA-BR).

 

“Foi terrível. Minha vida estava uma loucura. Não tinha tempo para honrar meus compromissos. A cabeça estava a mil e o corpo padeceu”, lembra. Seguindo as orientações médicas, Anna decidiu maneirar. Demitiu-se do emprego e passou a selecionar com rigor as propostas de trabalho.

 

A pesquisa do ISMA conclui que, nas últimas semanas do ano, sobretudo na vida profissional, há maior predisposição para irritação, pressa e impaciência. “É um período bastante crítico, em que muitas tarefas se acumulam e o estresse normal pode tornar-se bastante prejudicial à saúde. É importante estar atento aos sinais do corpo e trabalhar para reduzir a carga de tensão”, diz o pesquisador Marco Fábio Coghi, especialista em biofeedback e diretor da Neuropsicotronics.

 

Ele alerta que a sobrecarga de tarefas nesse período pode levar a uma síndrome conhecida como “burnout” (exaustão), uma reação ao estresse crônico provocado pela vida profissional, que causa esgotamento emocional e físico e pode levar a depressão, baixa autoestima, agressividade e a uma série de doenças.

 

A pesquisa conclui ainda que empresas sob a ação do estresse crônico podem desenvolver ambiente hostil, estressante, ameaçador, onde um quer se sobressair, o que não é favorável para que uma inovação harmônica, coesa, focada em objetivos.

 

O gerente comercial Felipe Soares, 38, que há anos sentiu na pele o peso do estresse súbito de final de ano, afirma que procura hoje ser mais flexível com seus subordinados. “Toda empresa vive de metas a serem cumpridas. A pressão, em geral, é muito grande, mas é importante que haja uma certa flexibilidade. Afinal, não é justo medir a capacidade do funcionário por um período específico”.

 

Para evitar sucumbir ao peso das obrigações, Soares procura – e aconselha seus funcionários a fazerem o mesmo – alguma distração após o expediente. Mas a distração passa longe dos planos da estudante e vendedora Cecília Cury, 22, que, além de enfrentar as provas de fim de ano, se viu obrigada a dobrar sua jornada de trabalho, de 6 para 12 horas diárias. “No fim do dia não tenho mais força para nada, nem mesmo para um cineminha. O corpo dói e mal consigo ficar em pé”.

 

A regra básica para que o pior não ocorra nesse período e, de quebra, a vida profissional e o ambiente corporativo melhorem, segundo Coghi, é gerenciar o tempo, fazer exercícios físicos, se alimentar corretamente e buscar momentos de prazer.

 

 

Fonte: O Tempo

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