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Seminário do Trabalho: Relações e Políticas Sociais na Atualidade


Data: 18 de setembro de 2014
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Empresários e trabalhadores estiveram no mesmo espaço para debater a evolução e os desafios do mercado. O Seminário do Trabalho: Relações e Políticas Sociais na Atualidade ocorreu na manhã dessa quinta-feira, dia 18 de setembro, na sede da Associação Empresarial de Criciúma (ACIC). Com a presença do ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, o evento foi realizado pelo Grupo RIC, com apoio do Conselho Regional de Contabilidade (CRCSC), Sindimetal, ACIC, Siecesc Carvão Mineral e Prefeitura de Criciúma.

Na abertura, o diretor regional do Grupo RIC, Roberto Bertolin, destacou a importância de promover eventos que aprofundem questões do dia a dia dos trabalhadores e possam repercutir como um serviço para a sociedade. O presidente da Associação Empresarial de Criciúma (ACIC), César Smielevski, ressaltou alguns elementos essenciais para os avanços nas relações de trabalho, como a educação, os gargalos da infraestrutura e a mão de obra qualificada. A secretária de Assistência Social de Criciúma, Solange Barp, abordou a questão da imigração de pessoas que vêm em busca de trabalho. “Em Criciúma estamos aprendendo a lidar com essa realidade. Estão chegando muitos imigrantes, em especial africanos, para procurar emprego e mais qualidade de vida do que seus países de origem”, comentou.

O presidente do CRCSC, Adilson Cordeiro, fez parte da mesa de abertura e antes do evento concedeu entrevista à RIC Record sobre as mudanças na vida de empregadores e trabalhadores com a implantação do eSocial.

 

PALESTRAS - O ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, fez a primeira apresentação do Seminário  e iniciou sua fala contextualizando a situação brasileira pós-crise de 2008.  “O ano de 2008 foi de quebra do sistema financeiro norte-americano e uma das piores crises. A maioria dos países ainda não conseguiu se recuperar seus efeitos, sendo que boa parte optou por segurar salários, cortar ganhos, vagas e investimentos”, disse ele, complementando: “Muitos não conseguirão se recuperar antes de 2018, na medida que foram implementadas políticas recessivas”.

No Brasil, afirmou o ministro, “fortalecemos a classe média e seu poder de compra, passamos a combater a crise sem destruir os empregos e até 2014 o estoque de empregos aumentou em 10,8 milhões. Somente nesse ano atingimos a geração de 751 mil empregos”.

 

O ministro apresentou alguns desafios, como a melhora da qualidade do emprego e da qualificação, e em seguida continuou dando os caminhos para soluções, como a criação do Pronatec com cursos de formação técnica, e a adoção de ferramentas que possam oferecer mais informações aos trabalhadores.

Entre as novidades do Ministério, Manoel Dias destacou o Portal Mais Emprego, a modernização do atendimento, o foco na formação da juventude e a redução da burocracia. “A tarefa primordial do nosso ministério é oferecer serviços de qualidade aos trabalhadores“, afirmou ele.

 

Sobre a imigração, o ministro comentou que o Brasil já esteve no caminho ao contrário, quando trabalhadores iam para fora à procura de emprego, e hoje o o país é o destino. “Temos feito um trabalho junto com outros ministérios para atender essas situações, mas o número total desses imigrantes é pequeno. Essas pessoas podem ocupar as vagas de trabalho legalmente e, além disso, somos um país solidário”, afirmou.

FUTURO – Para o ministro, estamos vivendo um momento importante de discussões e a cultura está mudando. “Os trabalhadores e empregadores estão dialogando mais, assim como melhorou o nível cultural dos trabalhadores,, portanto, com mais conhecimento há mais condição no diálogo entre capital e trabalho”.

Ele disse que é possível vislumbrar um futuro ainda melhor, com profissionais ainda mais qualificados e relações cada vez mais justas. O ministro lembrou que a juventude ainda apresenta o maior percentual de desemprego,mas os programas de formação são as alternativas viáveis para a organização do Mercado.

 

SANTA CATARINA – Sobre Santa Catarina, Manoel Dias foi enfático em elogiar os indices de emprego e o nível de qualificação. “O Estado se diferencia em vários aspectos do resto do país. No mês de agosto, quase todos os estados tiveram redução de empregos  na indústria da transformação, mas Santa Catarina teve cerca de 6,5 mil empregos gerados”.

 

Numa palestra técnica, o auditor fiscal do Trabalho José Alberto Maia, esclareceu como funciona o eSocial (Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas), um programa do governo federal que vai unificar o envio de informações pelo empregador em relação aos seus empregados.

Todas as informações do departamento de pessoal serão geradas de forma eletrônica. Isso inclui a folha de pagamento, fechamento do ponto eletrônico, aviso de férias, geração de férias e todos os eventos relacionados aos pagamentos de colaboradores.  Todas as informações deverão ser assinadas digitalmente pela empresa e por um profissional da Contabilidade.

José Maia destacou que o principal benefício do eSocial para os trabalhadores é a maior eficiência na garantia de seus direitos trabalhistas e previdenciários. “A diminuição de erros na prestação da informação pelas empresas e a sua guarda em um ambiente público seguro deve contribuir positivamente para a garantia de seus direitos”, afirmou, completando: “Para o empregador, o eSocial deverá contribuir para a simplificação e diminuição dos custos com o cumprimento das obrigações acessórias relativas a prestação dessas informações”. O palestrante demonstrou que esse é um sistema bastante ambicioso, que alcançará todos os empregadores e trabalhadores.

 

O diretor regional do Senac/SC, Rudney Raulino, abordou as questões da formação profissional, da dimensão educacional e como vem mudando as demandas por qualificação, envolvendo cada vez mais as áreas da tecnologia. Além disso, ele abordou as relações formais de trabalho e como a melhoria no nível de conhecimento também ajuda na implantação de políticas públicas. Para ele, o eSocial vai amarrar melhor os processos de contratação e avançar para que as políticas sociais sejam utilizadas corretamente. “Outro ponto importante a destacar são as implicações na relação entre formação e desenvolvimento, que vêm mudando o comércio, que  possui um perfil mais profissional. A educação precisa estar integrada ao processo de formação futura, seja para quem decidir ser trabalhador ou empreendedor”, concluiu Raulino.

 

JOINVILLE – A próxima edição do Seminário sera realizada no dia 29 de setembro, a partir das 18h, na sede da Associação Empresarial de Joinville (ACIJ). Inscrições e informações: www.ricmais.com.br/sc/seminariodotrabalho

 

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