2o ENECCONT termina nesta quinta em Chapecó
Data: 25 de setembro de 2014
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O sucesso da empresária Daniela Tombini e as projeções do professor Edgard Cornacchione marcaram o segundo dia do 2o Encontro dos Estudantes de Ciências Contábeis (Eneccont). O evento encerra nesta quinta-feira (25/9) no Centro de Cultura e Eventos de Chapecó. A promoção é do Sindicato dos Contabilistas de Chapecó (Sindicont) e nove instituições de ensino superior, com apoio do CRCSC, Sescon, Fecontesc e Prefeitura Municipal de Chapecó.
Natural de Brusque, 48 anos de idade, a administradora Daniela Tombini comanda uma empresa vitoriosa do setor de moda – a Daniela Tombini Indústria e Comércio de Confecções – fundada em Caçador no ano de 1993. A empresa iniciou produzindo chinelinhos artesanais e fez sua primeira venda em 1994. Nos anos seguintes, aperfeiçoou o produto interagindo com o mercado de São Paulo e em visitas aos Estados Unidos. “As exigências do mercado levaram-me ao frequente aperfeiçoamento dos produtos”, expôs.
Em seguida, começou a ampliar o mix, fabricando peças da linha noturna (pijamas, roupões, robes etc). Daniela era gestora, modelista e figurinista (hoje ela tem dez profissionais na criação de peças e modelos). Em 1996 comprou a By Brazil, indústria de confecções de Caçador que detinha a marca André Leonardo. Em 1999 lançou a primeira coleção e, em 2000, o primeiro catálogo. Em 2001, Daniela abandonou o processo artesanal de produção de chinelos, com a compra de máquinas e o uso de sistemas informatizados de controle de produção.
No período de 2001 a 2012, a empresa experimentou forte expansão com a aquisição de máquinas e equipamentos, a construção de sede própria e o aumento do número de produtos das linhas noite e íntima.
Atualmente, a empresa possui um centro fabril de 7.000 metros quadrados de área construída, em Caçador, onde trabalham 280 colaboradores, mantém um extenso portfólio de 600 produtos e uma clientela de 1.260 lojistas. A Daniela Tombini Indústria e Comércio de Confecções alcançará um faturamento bruto superior a 30 milhões de reais em 2014.
TRANSFORMAÇÕES
Tudo está em mudança e transformação na sociedade mundial e o contador precisa interpreta-las, participando e interagindo com os atores da sociedade, dos negócios e da educação. Edgard Cornacchione, professor titular da USP, doutor e livre-docente em Ciências Contábeis, lembra que atuam no Brasil 500 mil contadores enquanto outros 400 mil estão nos cursos superiores de Ciências Contábeis.
O palestrante discorreu sobre a perspectiva de Contabilidade gerencial: sua área de pesquisa envolve educação para negócios e sua avaliação nos ambientes universitários e corporativos, incluindo os efeitos de tecnologias instrucionais avançadas.
Alerta para três megatendências – o fim do trabalho como se conhece hoje, a necessidade de um novo contrato social e a “extinção” do professor como mediador de conteúdos. Expôs que a principal missão e o grande desafio do educador é como educar a próxima geração de líderes. O docente lamenta que “os atuais pecados da escola sejam professor falante, estudante passivo, material pedagógico estático, instituições convencidas, salas medievais e provas regurgitadoras”.
O palestrante acumula mais de 20 anos de experiência profissional nas áreas de sistemas e tecnologia de informação, controladoria, custos, contabilidade gerencial, orçamento e modelos de precificação, além de treinamento corporativo, em organizações no Brasil e nos EUA. Autor de livros e artigos publicados e apresentados no Brasil e no exterior.