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Joinville sedia Seminário do Trabalho: Relações e Políticas Sociais na Atualidade


Data: 30 de setembro de 2014
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Os desafios do mercado e as relações entre empregadores e trabalhadores foram temas do Seminário do Trabalho: Relações e Políticas Sociais na Atualidade que ocorreu na noite dessa segunda-feira, dia 29 de setembro, na sede da Associação Empresarial de Joinville (ACIJ). Com a presença do ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, o evento reuniu mais de duzentos participantes e foi realizado pelo Grupo RIC, com apoio do Conselho Regional de Contabilidade (CRCSC) e ACIJ.

Na abertura, o presidente da ACIJ João Martinelli comentou sobre as dificuldades enfrentadas pelas empresas para cumprir a exigente legislação trabalhista brasileira. Citou temas polêmicos enfrentados especialmente pela indústria, como a adequação à NR 12 e a questão da intrajornada. Também preocupam o setor produtivo questões como a Regulamentação da Terceirização, a redução de Jornada, as cotas para jovens aprendizes e portadores de necessidades especiais, entre outras exigências bastante difíceis de serem cumpridas pelas empresas.

O presidente do Grupo RIC, Marcelo Petrelli, destacou que o papel da comunicação é difundir as informações, promover a troca de ideias e refletir sobre o que muitas vezes precisa ser modificado. “Estamos atentos às mudanças na sociedade e para isso queremos ter eventos que possam repercutir como um serviço para a sociedade”, afirmou.

O presidente do CRCSC, Adilson Cordeiro, acompanhou o evento na mesa da Plenária da ACIJ junto com o conselheiro Hermeliano Oliveira, com o delegado do CRCSC em Joinville Hipócrates Fernandes e a delegada em São Bento do Sul Fabiane Maria Serafim, o diretor executivo Cláudio Petronilho, o presidente do Sindicont Joinville Marcelo Silva, a contadora Gilda Nessler da Associação Catarinense de Contabilidade.

 

PALESTRAS

A diretora de Comunicação, Marketing e Ensino do Senac/SC, Valdirene Teixeira, falou de qualificação profissional e como vem mudando as demandas no mercado de trabalho, envolvendo cada vez mais as áreas da tecnologia. Além disso, ela abordou as relações formais de trabalho e como o conhecimento técnico especializado está sendo cada vez mais valorizado.

 

O auditor fiscal do Trabalho José Alberto Maia fez uma palestra técnica para mostrar aos empresários como funciona o eSocial (Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas), um programa do governo federal que vai unificar o envio de informações pelo empregador em relação aos seus empregados. “Objetivamente, estamos apenas organizando o envio de informações trabalhistas, pois as obrigações continuam as mesmas”, disse ele.

 

Todas as informações do departamento de pessoal serão geradas de forma eletrônica. Isso inclui a folha de pagamento, fechamento do ponto eletrônico, aviso de férias, geração de férias e todos os eventos relacionados aos pagamentos de colaboradores.  Todas as informações deverão ser assinadas digitalmente pela empresa e por um profissional da Contabilidade.

O ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, encerrou o evento com uma apresentação sobre a situação atual brasileira, resgatando um pouco da história dos últimos anos depois da crise de 2008.

No Brasil, afirmou o ministro, “fortalecemos a classe média e seu poder de compra, passamos a combater a crise sem destruir os empregos e até 2014 o estoque de empregos aumentou em 10,8 milhões. Somente nesse ano atingimos a geração de 751 mil empregos”.

 

O ministro apresentou alguns desafios, como a melhora da qualidade do emprego e da qualificação, e em seguida continuou dando os caminhos para soluções, como a criação do Pronatec com cursos de formação técnica, e a adoção de ferramentas que possam oferecer mais informações aos trabalhadores. Entre as novidades do Ministério, Manoel Dias destacou o Portal Mais Emprego, a modernização do atendimento, o foco na formação da juventude e a redução da burocracia.

 

Manoel Dias afirmou que estamos vivendo um momento importante de discussões e a cultura está mudando. “As relações estão menos acirradas e há mais diálogo. O nível cultural dos trabalhadores aumentou, o acesso à informação, portanto, com mais conhecimento há mais condição no diálogo entre capital e trabalho”.

Ele disse que é possível vislumbrar um futuro ainda melhor, com profissionais ainda mais qualificados e relações cada vez mais justas. O ministro lembrou que a juventude ainda apresenta o maior percentual de desemprego,mas os programas de formação são as alternativas viáveis para a organização do Mercado.

 

Sobre Santa Catarina, Manoel Dias elogiou os indices de emprego e o nível de qualificação. “O Estado se diferencia em vários aspectos do resto do país. No mês de agosto, quase todos os estados tiveram redução de empregos  na indústria da transformação, mas Santa Catarina teve cerca de 6,5 mil empregos gerados”.

 

Fotos: Sara Caprario e Max Schwoelk

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