A partir de uma gestão compartilhada e a instituição de comissões para conduzir as atividades do Sindicato dos Contabilistas de Chapecó (Sindicont), o presidente Alcindo Oliveira Lopes obteve aprovação da classe empresarial contábil e foi reconduzido à presidência da entidade. O processo eleitoral ocorreu no mês de novembro e a nova diretoria inicia as atividades em janeiro de 2015.

Alcindo Lopes é natural de Passo Fundo (RS), tem 43 anos, cursou Técnico em Contabilidade, graduou-se em Ciências Contábeis, com pós-graduação em Gestão Empresarialpela Fundação Getúlio Vargas. Atualmente é acadêmico do curso de Direito e sócio-proprietário do Central Contabilidade e Assessoria SS Ltda.

Participa da diretoria do Sindicont desde 2001, integra a Comissão de Desenvolvimento Profissional do CRCSC, é diretor de eventos técnicos da Federação dos Contabilistas do Estado de Santa Catarina (Fecontesc), membro titular da Comissão Organizadora da CONTESC/2015 junto ao Conselho Regional de Contabilidade e faz parte da Pastoral Familiar da Paróquia Santo Antônio, em Chapecó. Casado há 20 anos com Gilmara Falabreti Lopes, com quem tem uma filha: Nalanda Lopes.

Nesta entrevista, Lopes avalia a gestão 2013/2014 e fala das expectativas para o próximo mandato.

O Sr. encerra, neste ano, o seu primeiro mandato como presidente do Sindicont Chapecó. Que avaliação faz desse período (2013- 2014) que esteve à frente da entidade?

Alcindo Lopes: Avalio esse período de forma muito positiva. É uma posição de muita responsabilidade estar à frente de uma entidade profissional do nível e representatividade do Sindicato dos Contabilistas, por mais que seja um trabalho voluntário, as cobranças dos associados são constantes, isso faz com que estejamos sempre buscando melhorias no relacionamento com os  órgãos públicos objetivando uma segurança na realização dos trabalhos e a certeza que nossos clientes estão sendo assessorados de acordo com a legislação vigente, pela transparência das exigências. O sindicato profissional tem suas peculiaridades na atuação. Diferente de outras entidades, o Sindicont busca representar os interesses da categoria profissional dos contabilistas perante as autoridades administrativas e judiciarias, além de colaborar com os poderes públicos como órgão técnico e consultivo no estudo de soluções de eventuais problemas.

Quais foram as principais conquistas do Sindicont durante a sua gestão?

Lopes: Reativamos e reformulamos o Núcleo de Estudo, tornando-o mais efetivo no seu objetivo, subdividindo-o em células. Remodelamos o informativo da entidade, INFOCONT, estruturado em seções, e constituindo uma comissão fixa para desenvolvê-lo. Elaboramos e aprovamos, em assembleia, o regimento interno. Realizamos o maior evento para estudante de ciências contábeis da região em parceria com todas as instituições de ensino superior. Promovemos reuniões com os órgãos públicos. Mantivemos o Projeto Educação Continuada (PEC) no mesmo ritmo. Foram tantas atividades realizadas que nem parece que foram somente dois anos.

Um dos focos da entidade é a qualificação dos profissionais? O que foi feito para isso durante sua gestão? Quantos cursos foram oferecidos e quantos profissionais capacitados?

Lopes:  Em média, realizamos três cursos por mês. Buscamos atender as principais áreas de atuação dos profissionais, ou seja, fiscal, trabalhista, contábil e societária. Não obtivemos ainda o resultado dos números do Estado em 2014, mas pelo que acompanhamos o Sindicont Chapecó deverá ficar entre os primeiros na realização de cursos, lembrando que o importante não é quantidade, mas sim a qualidade dos cursos realizados. Realizamos também algumas turmas de Contabilizando com Direito e com o IFRS.

De certa forma, o senhor compartilhou a gestão delegando autonomia a comissões que estiveram à frente de algumas áreas como investimentos, regimento interno, núcleo de estudos, eventos, entre outras. Como o senhor avalia a atuação dessas comissões?

Lopes: De forma satisfatória. Tínhamos um planejamento estratégico, e a única forma de realizá-lo seria com a participação de todos os membros da diretoria, penso que a melhor forma de somar esforços é dividir tarefas, fomos muito felizes na iniciativa. As pessoas, quando se sentem parte, e que de fato são, envolvem-se mais.

O Sindicont também está inserido em questões de cunho social. Quais o Sr. destaca e por quê?

Lopes: A campanha do agasalho, parceria no CRC solidário, algumas palestras que realizamos nas quais a inscrição é alimento não perecível, ou material de higiene pessoal que foram doados para as instituições que atendem pessoas carentes. Nunca são suficientes as realizações, mas o pouco que se consegue, ameniza uma necessidade real.

A classe contábil tem crescido bastante nos últimos anos e o profissional está cada vez mais valorizado. A que o Sr. atribuí essa mudança?

Lopes: A valorização do profissional contábil já existe há algum tempo. Talvez, a divulgação é que esteja mais transparente hoje. Atribuo isso ao nível de conhecimento do contador, conhecimento esse que, bem canalizado, pode contribuir e muito para uma boa gestão empresarial. Isso é o que, de fato, o empresário precisa. Outro usuário da contabilidade que tem valorizado muito o profissional é o Fisco, uma vez que as informações que recebe dependem muito dos profissionais contábeis.

O Sr. foi reconduzido à presidência do Sindicont Chapecó, quais são suas metas e propostas para os próximos dois anos à frente da entidade?

Lopes: Temos como meta manter e aperfeiçoar os programas e projetos, existentes, conduzir uma ampliação no número de associados, fortalecer a representatividade da entidade junto à classe contábil regional e estadual, e aos órgãos públicos municipal, estadual e federal. Temos muito trabalho pela frente. Acredito que com a cooperação de todos vamos atingir nossos objetivos.  

Fonte:  por Marcos A. Bedin/MB Comunicação Empresarial/Organizacional