A Receita Federal fechará algumas unidades de atendimento ao contribuinte em todo o país e em Santa Catarina há uma expectativa de que isso ocorra também, de acordo com a política de ajuste nos gastos públicos. Tal decisão atingiria algumas unidades como a de Araranguá, que teria o atendimento centralizado em Criciúma, e a de Xanxerê, que teria o serviço deslocado para Chapecó.

Diante do transtorno que isso causará para centenas de profissionais de Contabilidade em cada região, o presidente do CRCSC Marcello Seemann enviou ofício ao superintendente da Receita Federal do Brasil da 9ª Região, Luiz Bernardi, com cópia para o Delegado da Receita Federal na Grande Florianópolis, Saulo Figueiredo Pereira.

Neste ofício, Seemann solicita reconsideração desta decisão alegando algumas razões, como o fato destas unidades de atendimento prestarem serviço não somente à Receita Federal como também ao INSS. Outras questões apontadas incluem os desafios de mobilidade entre uma cidade e outra, pois em que pese Santa Catarina possuir apenas 295 municípios, uma parcela considerável destes municípios ficam a grande distância de grandes centros. “A decisão do fechamento trará transtornos e dificuldades, tanto aos contribuintes como à classe contábil, em razão da necessidade de deslocamento, por vezes, superior a 200 quilômetros”, disse o presidente do CRCSC.

Por fim, o ofício ressalta que o “auto-atendimento” não supre a integralidade das necessidades, sendo obrigatório o atendimento presencial nas unidades.

O documento foi encaminhado nessa sexta-feira, dia 3 de junho, junto com ofícios recebidos pelo CRCSC pelo Sindicont Araranguá e Sindicont Xanxerê, que atestam as mesmas dificuldades não somente pela classe contábil, mas pelas empresas e população em geral.