Com o auditório do Conselho Regional de Contabilidade (CRCSC) lotado, terminou nesta quinta-feira (29/6), em Florianópolis, a série de sete palestras realizada em várias regiões do Estado para esclarecer empresários e profissionais de Contabilidade sobre a Operação Concorrência Leal 3, que vai apurar a movimentação apresentada por cerca de 26 mil empresas catarinenses, enquadradas no Simples Nacional, no período de 2013 a 2016. Os encontros foram promovidos pela Fecomércio/SC, em parceria com a Federação dos Contabilistas (Fecontesc), Conselho de Regional de Contabilidade(CRCSC) e Sindicatos das Empresas de Serviços Contábeis (Sescons) de Santa Catarina, Blumenau e Grande Florianópolis.

As sugestões e preocupações manifestadas pelos participantes serão resumidas em um documento, que será entregue pelos organizadores à Secretaria Estadual da Fazenda, a título de contribuição e aperfeiçoamento desta nova fase da Operação Concorrência Leal.

Responsável por ministrar as palestras, o contador e diretor-secretário da Fecontesc, Itelvino Schinaider, afirmou que a maior preocupação demonstrada pelas classes empresarial e contábil foi em relação aos desdobramentos dessa operação. “Na atual crise econômica, o receio é que ela acabe gerando a exigência de novos tributos num quadro em que prepondera a falta de caixa. Há também o temor de que algumas empresas acabem sendo excluídas do Simples Nacional, tendo que arcar com uma carga tributária mais elevada”, observou ele. Schinaider lembrou que a maioria das empresas do Simples já possui parcelamento de débitos e está impedida de contrair mais um, pois a lei limita os parcelamentos a um por ano.

Avaliação das lideranças contábeis e empresariais

“Foi muito importante este evento, em que profissionais da contabilidade e empresários buscaram um objetivo comum: o de melhorar a gestão e as boas práticas comerciais.”  - Tadeu Oneda – presidente da Fecontesc

“A Fecomércio/SC vem trabalhando junto à Sefaz e à classe contábil deste a primeira edição da operação de combate à sonegação. Para garantir uma concorrência justa entre as empresas catarinenses e aumentar a competitividade do Estado precisamos estimular as boas práticas e orientar para a regularização.” - Bruno Breithaupt, presidente da Fecomércio/SC

“Pelo número de participantes nos eventos realizados, foi possível perceber que há maior preocupação dos empresários contábeis do que dos empresários do setor do comércio no que se refere à Concorrência Leal. Cabe às empresas buscarem informações e seguir as orientações recebidas dos empresários contábeis para que não sofram com punições futuras.”  - Eugenio Vicenzi – presidente do Sescon Santa Catarina.

“É importante que o contribuinte tenha uma boa comunicação com a empresa de contabilidade que o assessora, para evitar problemas com o fisco.” - Fernando Baldissera – presidente do Sescon Grande Florianópolis

“O evento demonstrou que, por meio da orientação preventiva, é possível oportunizar àqueles com eventuais problemas condições de solucioná-los de forma clara e objetiva, diminuindo os impactos de eventuais fiscalizações, que sempre deixam um desconforto e um cenário de preocupação. Os profissionais contábeis procuram e defendem a desburocratização, justiça social e tributaria através de orientações e acompanhamentos periódicos.” Jefferson Pitz  – presidente do Sescon Blumenau