Temas atuais foram debatidos no 2° Seminário de Perícia Contábil
Data: 14 de agosto de 2017
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A realização da segunda edição do Seminário de Perícia Contábil na sexta-feira, dia 11 de agosto, consolida a preocupação do Conselho Regional de Contabilidade de Santa Catarina (CRCSC) com o tema. O evento foi organizado pela Comissão de Estudos e Normatização de Perícias do CRCSC com quatro palestras técnicas e dois painéis de debates, um sobre critérios e procedimentos para elaboração de perícias financeiras e outro sobre lavagem de dinheiro e origem da criminalização. O Seminário teve transmissão online.
O conselheiro Ranieri Angioletti, coordenador da Comissão, fez a abertura e contou que foram meses de trabalho e a definição de temas levou em conta as demandas dos profissionais e do mercado. Ele falou ainda a importância do Cadastro Nacional de Peritos Contábeis que vem permitindo um fortalecimento da área dentro do Sistema CFC/CRCs.
A vice-presidente de Administração e Finanças do CRCSC, Rúbia Albers Magalhães, representou o presidente Marcello Seemann que está na reunião de presidentes dos CRCs da região Sul e Sudeste, em São Paulo. Na sua fala, Rúbia destacou que a Justiça brasileira concentra grande quantidade de processos que envolve questões financeiras, previdenciárias, tributárias e trabalhistas. “Hoje vamos explorar ainda mais as atribuições dessa atividade, que requer um conjunto de estudos e habilidades, como estratégias de pesquisa e atenção às normas da Perícia”, disse a vice-presidente.
Palestras - A primeira apresentação foi do vice-presidente de Fiscalização do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), Luiz Fernando Nóbrega, que abordou o cenário atual da atuação dos órgãos que cuidam da fiscalização e controle no Brasil, assim como apontou os principais pontos da Lei Anticorrupção (12486/2013). “A assertividade fiscal das instituições é cada vez maior e com isso o conceito de compliance ganha cada vez mais força. Todas as empresas, mesmo as de pequeno porte, precisam deste programa de integridade que abrange padrões de conduta, treinamentos periódicos e acompanhamento das atividades para manter o compromisso ético em todas as ações”, afirmou Nóbrega, que complementou: “A racionalização da fraude pode ser vista em pequenos atos até chegar nas grandes decisões, por isso a necessidade de cuidar de todas as áreas”.
O palestrante ainda mostrou um panorama do cenário internacional e de como o Brasil está inserido ao assinar acordos para troca de informações tributárias, tanto no ambiente fiscal quanto no ambiente financeiro. “A lavagem de dinheiro, corrupção e evasão fiscal são os focos destes acordos”, disse.
Em seguida, o advogado André Lemos, integrante do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF) do Ministério da Fazenda, fez uma palestra sobre a “Prova pericial no CARF e no Judiciário”. Ele trouxe práticas para exemplificar a importância da prova pericial nos processos e como são realizadas as análises pelas câmaras do CARF.
Depois foi realizado um painel sobre "Critérios e procedimentos para elaboração de perícias financeiras" com apresentação dos peritos contábeis e professores Paulo Cordeiro de Mello e Giancarlo Zannon, experientes profissionais na área. Eles iniciaram mostrando que a maior parte dos litigantes nas justiças estaduais são bancos e o tema mais comum tem a ver com sistema de concessão e tomada de crédito, incluindo cartão de crédito, crédito imobiliário, entre outros. "Cabe ressaltar que a perícia não discute legalidade, apenas mostramos as formas de cálculo e a aplicação dos sistemas de amortização. A perícia financeira é hoje uma das maiores áreas de atuação", avisou Cordeiro de Mello. Os dois mostraram os detalhes da realização de perícias nessa área e das mudanças com o novo Código de Processo Civil. "É preciso atentar às minúcias das exigências na realização de cálculos e o trabalho do assistente técnico", afirmou Zannon.


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