O primeiro dia do 17° Encontro Catarinense de Estudantes de Ciências Contábeis – Ececon, realizado no dia 16 de setembro na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), reuniu cerca de 500 alunos para debater e incentivar a produção científica e o compartilhamento de informações, estudos e projetos entre estudantes e profissionais da contabilidade.

Neste ano o encontro contou com a realização simultânea do Congresso UFSC de Controladoria e Finanças e do Congresso de Iniciação Científica em Contabilidade. Ocorreu ainda, o tradicional Encontro Catarinense de Coordenadores e Professores de Ciências Contábeis.

O tema do evento deste ano foi “A visão da contabilidade sobre as reformas do Brasil”. O evento é realizando anualmente em parceria com outras 13 instituições catarinenses, dentre elas, a UFSC, Faculdades Borges de Mendonça, Centro Universitário Municipal de São José, Faculdade Estácio de Sá, Universidade do Vale do Itajaí, Faculdade Energia, Universidade do Sul de Santa Catarina, Faculdade Anhanguera, Unisociesc, Faculdade de Desenvolvimento de Santa Catarina e Centro Universitário Leonardo da Vinci, Instituto de Ensino Superior da Grande Florianópolis e Faculdade Santa Catarina e Faculdade de Tecnologia Nova Palhoça e Grupo Educacional UnigranRio.

Universidades e alunos

O representante do reitor da Universidade, professor e pró-reitor de graduação da UFSC, Pedro Manique Barreto, falou sobre o momento do país, questões orçamentárias das universidades federais e a mudança no perfil do estudante. “Desde 2012 com a legislação de cotas, as 63 universidades do Brasil tiveram uma mudança muito grande no público de estudantes, atendendo a população de baixa renda”. Ele citou uma pesquisa feita pela Fórum Nacional de Pró-reitores, Fonaprace, que revelou que 70,4% dos estudantes das instituições federais, incluindo universidades e institutos federais, são provenientes de família com renda bruta mensal per capita abaixo de um salário mínimo e meio. “A UFSC em particular tem 54% dos seus estudantes abaixo desta linha”.

A acadêmica em Ciências Contábeis da Universidade Sociesc, Mara Rubia de Souza, foi a representante dos estudantes de Ciências Contábeis na abertura do evento e falou sobre a profissão contábil e sua relevância. “A profissão que escolhemos é de suma importância para o desenvolvimento dos países e está presente em todas as organizações e no nosso dia a dia”.

O presidente do CRCSC, Marcello Alexandre Seemann, destacou que a UFSC se tornou nestes dois dias (16 e 17 de setembro) a casa do contador catarinense e aconselhou os futuros profissionais contábeis. “Aproveitem estes eventos para fazerem networking, acreditem na profissão, levem a sério, estudem que o êxito será natural e uma consequência da nossa atitude”, disse.

Seemann ainda convidou todos os presentes para a 21ª edição do Congresso Brasileiro de Contabilidade, que acontecerá na cidade de Balneário Camboriú, entre os dias 15 e 18 de novembro de 2020. “Participem, vocês são o futuro da contabilidade. Entendam que a tecnologia vai nos ajudar a transformar a profissão. Nossa área é uma das mais antigas do mundo”.

Para descontrair o público, o evento ainda contou com o stand up show do professor W. Marcão, que levantou muitas risadas dos participantes.

Nova EFD Reinf

O auditor fiscal da Receita Federal do Brasil e professor Eduardo Tanaka foi o responsável pela palestra de encerramento do primeiro dia de evento e debateu a simplificação do eSocial e a nova EFD-Reinf. Ele coordena processos de escrituração fiscal, sendo ainda professor de direito previdenciário e administrativo para concursos públicos.

Tanaka, que é líder do projeto nacional da EFD-Reinf, apresentou a evolução e simplificação do sistema do eSocial e o atual momento do projeto, assim como demonstrou as modificações do novo processo da EFD-Reinf. “Mais do que falar sobre a EFD-Reinf, eu queria instigar vocês para pensarem, quais são as oportunidades que passam e muitas vezes a gente não aproveita. Se eu fosse vocês, eu iria atrás destas informações porque ainda são coisas novas e que pouca gente conhece. Muitas empresas precisam de assessoria nesta área. Hoje o mundo gira em torno da informação”, destacou.

Ele reforçou que estes sistemas deverão fazer um cruzamento para facilitar a gestão dos entes da federação que tem interesse nos dados. “Você coloca as informações e instantaneamente as instituições têm acesso ao que está acontecendo na sua empresa.”

O auditor ainda destacou as mudanças na nova EFD-Reinf, que terá informações de folha de pagamento e tomada de serviço, através do registro da nota fiscal.