Referências nacionais na área protagonizaram o painel de fechamento da Capacitação em Governança Corporativa no Terceiro Setor, na manhã da última quarta-feira (30), no Conselho Regional de Contabilidade de Santa Catarina (CRCSC), em Florianópolis. O debate focou no protagonismo do profissional da contabilidade como multiplicador de boas práticas de governança, com casos práticos trazidos pelos palestrantes. O evento também foi transmitido ao vivo para inscritos que não puderam se deslocar à sede da entidade.

“O que nós queremos é que o profissional da contabilidade possa ser aquele que vai disseminar as boas práticas de governança, que vai servir como multiplicador nas entidades que ele alcança”, destacou a presidente do CRCSC, Marisa Luciana Schvabe de Morais, na abertura da programação.

O coordenador da Comissão Técnica de Contabilidade na Governança Corporativa de Organizações Públicas, Privadas e do Terceiro Setor do CRCSC, contador Juarez Domingues Carneiro, que é ex-presidente do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e do CRCSC, complementou que o protagonismo do profissional da contabilidade se faz “com conhecimento, com saber”. Por isso, a importância de capacitações como esta.

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O vice-presidente de Fiscalização, Ética e Disciplina do CRC de São Paulo (CRCSP), Marcelo Roberto Monello, que pertence à segunda geração de contadores do escritório da família, que atende apenas organizações e entidades do terceiro setor, destacou que “o papel do profissional da contabilidade no terceiro setor está muito além de prestar contas”.

“Temos o papel de garantir que as entidades estejam cumprindo a função do bem público, a conformidade e a perenidade da prestação destes serviços”, avaliou o empresário contábil.

O secretário-chefe da Controladoria Geral de Florianópolis, Rodrigo de Bona, que é auditor federal de Finanças e Controle da CGU e doutor em Economia e Governo, trouxe exemplos de como a Prefeitura da Capital atua na contratação e fiscalização das entidades que prestam serviço ao Executivo Municipal.

“Hoje temos toda uma rede de controle para garantir a integridade das organizações que atuam no terceiro setor, garantir que o interesse público seja mantido”, explicou o gestor público.

O promotor de Justiça André Teixeira Milioli, que coordena o Centro de Apoio Operacional da Moralidade Administrativa do Ministério Público de Santa Catarina, defendeu que a governança corporativa se reverte em um modelo melhor de prestação de serviços por parte das OSs. Também demonstrou as implicações da má-gestão de recursos públicos no âmbito judicial. Mas enfatizou o papel do profissional da contabilidade como fundamental para garantir a continuidade de organizações que prestam bons serviços:

“Mais do que ajudar na prestação de contas, na transparência e na fiscalização, o profissional da contabilidade precisa se ver como uma ferramenta que pode mudar o mundo, pois garante a continuidade da prestação de serviços essenciais à sociedade”, concluiu o promotor de Justiça.